29 de abril de 2013

O que ainda não vi da vida

Sem título

Mês que vem, completo quase duas décadas de existência ou como toda garota normal diria, dezenove anos. Algumas pessoas já me olham tentando achar rugas e isso realmente me preocupa, mas não pelo fato de ter que comprar os próximos carregamentos de Renew. É tolice e estranho como associam rugas a experiência de vida, e quando paro para pensar em experiências emocionantes, ainda me encontro em frente ao meu computador tentando conseguir alguns leitores com minhas dúzias de palavras.

Tudo bem: fiquei pertinho do meu ídolo, comecei a trabalhar aos quinze e já tive minhas fotos divulgadas em uma das revistas adolescentes mais importantes na vida das próprias adolescentes. Conquistei admiradores incríveis que acreditam em mim, mesmo quando estou de TPM ou olheiras até o joelho. Tive amores platônicos e vivi duas épocas diferentes: uma em que sou chamada de "patinho feio" e outra em que o mesmo cara que me chamou de "patinho feio", implorou de joelhos pelo meu número.

A caminhada até aqui foi bem longa e cheia de lágrimas borrando relatórios e molhando o chão da sala, mas sabe quando você sente que não deu passos o suficiente? Sabe quando você ainda se sente a mesma de antes e ainda no mesmo lugar? Se essa crise de "não aproveitei a vida" ou "preciso fazer alguma coisa" for normal, por favor, me avisem. Trato de aproveitar para me preparar para a crise de meia idade também e de uma vez por todas.

Tic, tac, tic, tac. Alguém desligue os relógios, por favor? Quero parar de contar os dias, e começar a contar sobre eles. Falar pelos cotovelos sobre como ouvi minha música favorita na rua e não tive vergonha de cantar um pouco mais alto. Isso conta como ser expressiva, afinal, cansei da minha mãe e dos caras que já foram interessados em mim me comparando com a Kristen Stewart.

Eu tenho emoções e sentimentos sim, só que passei a depositá-las em um banco chamado "meu blog pessoal que ainda não é ponto com, mas tem ponto br".

Se der, quero receber uma ligação no meio da madrugada que vai me tirar o sono, mas que não seja ligação de sequestro não. Espero que seja de alguém que precise me ouvir. Preciso ouvir um "eu te amo" desesperado por um abraço.Quero sair correndo e abraçar, sendo abraçada na mesma intensidade. E se abraços transmitem felicidade, então, quero encontrar felicidade nos braços de alguém.

Segundo a minha grade, ainda tenho mais alguns anos de faculdade e alguns anos até eu formar os meus primeiros alunos. Enquanto isso, vou parar de pensar que é o fim. Vai que é só o começo de tudo que eu ainda não vi? Como dizem por aí, "estou pagando para ver". Além disso tudo, viver ainda sim é de graça, então, vou continuar fazendo é graça do meu drama que não me leva a nada.

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