A vida é infelizmente (ou felizmente) assim: um dia, você está marcando uma super saída com as amigas seguida de uma festa do pijama onde se come muito, ri alto e papos sobre aquele canalha não faltam. No outro, você está estressada, com um mesmo corte de cabelo desde as comemorações de ano novo e trabalhando frenéticamente. Mais do que amor, sente sono. Preocupante.
Antes, eu costumava brigar com minha irmã pelo tempo que ela passava na frente do meu computador. Hoje eu mal tenho tempo para aturar suas “amáveis” manias pré-adolescentes ou ficar durante horas na frente do computador digitando, respondendo e sofrendo via messenger, iludida com um carinha que surgiu na última festa assim como o príncipe encantado. Isso é vida, afinal? Fala sério! Alguns chamam de vida virtual, já eu chamo de vida “sem compromisso para Sexta à noite” ou vida “você precisa de um emprego”.
Já que falei sobre tempo, que tal mencionar minhas discussões com o pobre celular do meu pai? O filho da mãe é tão cretino (não to falando daquele babaca que quebrou seu coração, pode ficar tranquila) que cisma em desobedecer minhas ordens. Na verdade, curte não soar o alarme e me fazer acordar atrasada durante a semana. E aos Domingos? Aqui estou eu acordada desde as sete da matina, se quer saber.
Pai, se você estiver lendo até aqui, saiba que essa foi a primeira vez em que joguei um celular (o seu) no chão por livre e espontânea vontade. Uma bronca e alguns dias sem falar comigo está de bom tamanho, combinado? Prometo ser menos estressada na próxima vida.
Cá estou eu falando, ops escrevendo sobre a vida. Até quando isso vai durar? Fico gritando pelos cantos da casa que só serei feliz e tudo só fará sentido quando eu começar a escrever para pagar as contas do cartão de crédito e do salão, sem falar das compras do mês. Mas o problema não é meu se vivemos em um mundo onde o “tudo para mim” pode significar o “nada para você”. Isso me faz lembrar que tenho que ligar para Alice... preciso de algumas dicas sobre o País das Maravilhas, já que comparado ao caos em que vivo, lá deve com certeza fazer mais sentido.
Acho que só tenho que parar de procurar a resposta em tudo, afinal, foram poucas as vezes que quis encontrar respostas até mesmo para os exercícios de Matemática. Sempre lidei muito bem com teses, principalmente as minhas. Por que agora seria diferente?
Falando sobre matérias e querendo encerrar mais um dia e texto, vou aproveitar e fazer um resumo sobre meus “achismos” matinais – obrigada, querida professora de Literatura que riu uns três minutos quando leu minha primeira crônica séria. Hoje você está aqui sendo citada, porque a palavra “resumo” me faz lembrar a senhora. Aproveite e dê notícias, combinado?
Sobre o resumo? Fica para a próxima vez, próxima semana talvez... assim como o corte de cabelo novo e a visita à manicure. Tudo para a próxima data, próxima vez! Adiar as coisas é um dos meus dons cretinos. Adiei tanto tato que odiei à mim mesma e escrevi tudo isso até agora, até os dois pontos: desabafei indiretamente, falei das coisas que me irritam (sim, senhor, celular do papai) e das coisas que resolvi tirar da minha vida. O que são essas coisas? Fica para a próxima.
4 comentários:
Conseguiu desabafar, criar um texto ótimo, e com um tema que muitos com certeza se identificam (exemplo? eu). Senti um pouco de seriedade e um pouco de comédia, equilibrou muito bem. Eu adorei! Parabéns! :)
Ficou meio crônica, meio desabafo, meio Laís. Ficou incrível. Eu adorei, muito muito eu, leve e divertido pra uma tarde de domingo.
Beijo.
Adorei demais, é muito bom escrever e colocar os males pra fora, não é verdade? Arrasou, Thais linda *-*
Ah, desabafar é algo totalmente útil, não que gostemos de saber que muitos escritores buscam "inspirações" no caos, na solidão, enfim nas coisas ruins da vida.. Mas é uma forma saudável de não matar alguém próximo hahahah Enfim, ficou ótimo esse post. Estava com saudades daqui (sim, outra vez) preciso voltar a vida de "blogueira", mas enquanto não está fácil, tento dar umas visitinhas sempre que der ;**
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